Colunas e críticas sobre o futebol do presente e do passado. Análise das partidas e da atuação da Seleção, escalações, Campeonato Brasileiro e opinião dos colunistas. Cobertura do futebol nacional e internacional rumo à Copa do Mundo.

Redator publicitário e estudante de publicidade, pretendendo cursar jornalismo. Torcedor do Corinthians (SP). Grande fã do Ryan Giggs e de vários jogadores brasileiros, da Seleção de 70 e de 82 e de todos os grandes craques do passado.

Atualmente estudando para o Vestibular 2006, pretende cursar comunicação social na UFMG. É torcedor do Palmeiras e apreciador dos times europeus. Seus ídolos no futebol são Pelé, Zidane, Rivaldo e Ronaldo.
Torcedor do Santos, faz cursinho preparatório para Comunicação Social. Apaixonado por futebol nacional e internacional. Seus jogadores favoritos são Renato e Zidane.
Estudante do 7.º período de Administração na UFV. Aprendeu a acompanhar futebol com os olhos da razão, sem ‘torcedismos’. Fã dos jornalistas Paulo Vinícius Coelho e Juca Kfouri. Na Copa do Mundo não vai torcer pela Seleção, por não apoiar a CBF.
01 dezembro 2007
De rebaixado a Libertadores
Clube de maior torcida do Brasil e dono de oito dos maiores recordes de público do torneio, o Flamengo se redimiu de fracassos nas edições passadas para voltar a Copa Libertadores.

O time, que outrora brigava para não cair, consegue dar a volta por cima pelo segundo ano consecutivo.

Após a eliminação nas oitavas-de-final da Libertadores, o trabalho do então técnico Ney Franco começava a ser contestado. Nem o título carioca salvava. O Flamengo voltava a frequentar a zona de rebaixamento.

Depois de tropeços contra Grêmio e Corinthians no 1° turno, o mineiro Ney Franco foi demitido.Em seu lugar, entrou um velho conhecido da torcida e da imprensa carioca: Joel Santana,que havia tirado o rubro-negro do rebaixamento há dois anos.

Daí a esperança de que a história se repetisse. Fora de campo, a união entre dirigentes, torcida e jogadores. Dentro de campo, a volta de Ibson e a chegada do capitão Fábio Luciano foram determinantes para que o time se acertasse.

Mesmo com as dificuldades,o Flamengo se impôs e conseguiu escapar dos últimos lugares, e, de degrau em degrau, foi subindo,até que o sonho da Libertadores se manteve próximo.

As vitórias contra Cruzeiro e São Paulo, além das cinco vitórias seguidas(contra Paraná,Vasco,Grêmio,América-RN e Corinthians) foram primordiais para que o sonho se tornasse real.

Nem as derrotas para o Cruzeiro em Minas e para o Fluminense abalaram os rubro-negros. Muito pelo contrário. Apenas fortaleceram.

Faltavam 2 jogos para a vaga ser concretizada. E o Flamengo calou muita gente.As vitórias de 1 a 0 para o Santos e 2 a 0 para o Atlético-PR não só garantiram mais um recorde do campeonato, como também concretizaram o sonho da América.

Neste percurso, contaram a sorte e a fidelidade desta torcida gigantesca movida a títulos.

E para alegria da nação, Joel Santana continua no comando, visando, além da continuidade do trabalho, o título da Libertadores.
rafael | 8:07 PM |
01 novembro 2007
O penta que muitos previam
Finalmente, o que muitos previam, aconteceu. O São Paulo Futebol Clube conquistou o pentacampeonato brasileiro e se tornou o segundo maior campeão do país, ao lado do Flamengo,um dos recordistas de público no Campeonato.

No início do certame, dois clubes eram a bola da vez: São Paulo e Inter. O segundo não conseguiu repetir o sucesso de 2006, graças ao começo ruim da temporada, enquanto o primeiro se tornou difícil de ser batido.

Em um campeonato com arbitragens omissas e a ausência de grandes craques, parecia que o futebol brasileiro ganharia um campeão diferente. O Botafogo, premiado por um bom futebol no começo do ano era o mais cotado. Com a suspensão de Dodô por doping, começaram a surgir os problemas, que custaram o primeiro lugar e a vaga na Libertadores.

Os jogos que determinaram a queda foram a derrota para o Cruzeiro e o empate com o Paraná. A partir deste último jogo,o São Paulo retomou a liderança. No confronto direto, os paulistas levaram a melhor, e a partir daí, aumentaram a vantagem para a conquista do título. Nem o Cruzeiro foi capaz de deter o tricolor paulista. Muito menos a eliminação na Sul-Americana para o Millonários, da Colômbia e a perda de jogadores como o volante Josué.

E o título foi confirmado contra o rebaixado América-RN. Os gols de Hernanes, Miranda e Dagoberto confirmaram o quinto título nacional num campeonato mais que imprevisível. Além de clubes lutarem para não cair ou para a Libertadores, outra disputa é para quem fica com o maior público da Série A, que provavelmente não sairá dos dois maiores campeões: São Paulo e Flamengo.

E por falar nos dois, a discussão sobre quem é o verdadeiro campeão pode durar por muito tempo. Mas uma coisa é certa. Com todo o respeito ao São Paulo, eles tem todo o direito de dizerem que são pentacampeões, mas não os únicos. Tem de lembrar que até 2007, o Flamengo era o único com 5 títulos. E isto é fato.

Em 87, havia controvérsias quanto ao regulamento que nem a CBF consegue explicar. Desde o início do torneio e da criação do Clube dos 13,que deu origem a Copa União, cujo campeão verdadeiro foi o Flamengo. Na verdade,não era um confronto dos campeões de cada módulo,e sim um quadrangular que envolvia Flamengo, Inter, Guarani e Sport(finalistas de 1ª e 2ª divisões, respectivamente), que não estava previsto no papel. Prova da desordem do futebol brasileiro.
rafael | 8:22 PM |
21 julho 2007
Vexames e decepções do futebol brasileiro
Não é de hoje que presenciamos vexames e decepções no futebol brasileiro. Os fracassos da Seleção Brasileira(desde Copa de 2006 as eliminações do Pan e do mundial sub-20), uma arbitragem sem moral, além do velho êxodo de jogadores no meio do ano, que avacalham os clubes e empobrece cada vez mais o esporte, entre outros problemas.

Sobre a arbitragem, não há tanto respeito como outrora. Nem os bons se salvam( como Carlos Eugênio Simon e Leonardo Gaciba, que ultimamente ficaram marcados por deslizes dentro de campo).

O primeiro não marcou um pênalti contra o Botafogo pelas semifinais da Copa do Brasil. O segundo errou em dois lances claros: não mandou voltar uma cobrança de escanteio de Edmundo, que originou o 2° gol do Palmeiras na vitória sobre o Flamengo, no Maracanã. A bola estava fora da marca de escanteio e pela regra o árbitro deveria mandar voltar.

O outro erro foi na partida entre São Paulo e Paraná, quando marcou um pênalti inexistente para o São Paulo e anulou um gol do Paraná nos acréscimos. Já o outro desastre ficou por conta da bandeirinha Ana Paula Oliveira, que prejudicou o Botafogo nas semifinais da Copa do Brasil, anulando dois gols. Como castigo, foi parar na Quarta Divisão em São Paulo.

Outro gol contra do nosso futebol é o fato dos árbitros insistirem em mandar voltar pênaltis. Tudo bem, a regra diz que se deve mandar voltar pênaltis em caso de invasão, mas há goleiros que mal se mexem ou ficam na linha e o pênalti é anulado.

Sobre o êxodo de jogadores para o exterior, o problema é o fato do nosso calendário não estar adequado aos moldes europeus, permitindo um empobrecimento de craques do nosso futebol. Hoje em dia, é raro ver um torcedor que saiba a escalação do seu time ou um jogador que esteja a tempos em um clube. Coisas que também se refletem nas seleções.

Aquela história de amor a camisa ou a pátria não se vê como antigamente. Boa parte dos jogadores se encontra no exterior, tornando mais difícil a formação de um time, como a nossa Seleção. Nem os amistosos são disputados no país de origem( a não ser os europeus que praticamente jogam em casa). Por exemplo, o Brasil só joga na Europa, mesmo não sendo o visitante. Nem os hinos são tocados direito.

E por falar em Seleção Brasileira, há muito o que se melhorar. Até as seleções de base formam uma decepção só. A seleção sub- 20, por muito pouco não sai na primeira fase, graças a uma combinação de resultados. Mas nem assim, adiantou. Após estar vencendo a Espanha por 2 a 0, o Brasil permitiu o empate no tempo normal e a virada na prorrogação, queimando mais uma vez uma futura geração.

Já os meninos do sub-17 estavam a um empate de passar as semifinais do Pan. E conseguiram o pior. Em pleno Maracanã, perderam por 4 a 2 para o Equador, envergonhando mais uma vez a nós, brasileiros.

De desastre em desastre, a vida tem que continuar. E nem a seleção principal( que outrora era respeitada por todos) escapa. Mesmo com o título da Copa América, teremos um longo caminho pela frente. A começar pelas Eliminatórias para a próxima Copa do Mundo. Que a partir de agora, o Brasil aprenda a lição para não se perder no tempo.
rafael | 6:23 PM |
17 julho 2007
Campeões com toda a justiça (ou não)
Com um futebol apático, o Brasil conquistou a oitava Copa América de sua história. Venceu os argentinos pela segunda edição seguida(sendo a terceira final internacional nos últimos anos. Em 2005, goleou os mesmos adversários na final da Copa das Confederações).

Na segunda fase da Era Dunga, o jogo de estréia foi desastroso. Perdeu de 2 a 0 para o México. Quatro dias depois, Robinho fez os 3 gols que deram a vitória contra os chilenos(3 a 0). Em seguida, venceram o Equador por 1 a 0.

Nas quartas-de-final, golearam novamente os chilenos: 6 a 1. E a desconfiança continuava, apesar do esquema retrancado(com 4 volantes, Josué, Mineiro, Gilberto Silva, e Júlio Baptista, o mais versátil do meio campo).

A exemplo de 2004, reencontraram os uruguaios nas semifinais e novamente os pênaltis foram decisivos. No tempo normal: 2 a 2. Já nos pênaltis, muito sofrimento. Graças ao pênalti perdido por Pablo Garcia, o Brasil continuou na luta e venceu por 5 a 4 nos pênaltis.

Na grande final, os argentinos não souberam aproveitar o favoritismo. Com gols de Júlio Baptista, Ayala(contra) e Daniel Alves, o Brasil deu a volta por cima no último jogo e garantiu mais um título da Copa América. Desolação azul e branca e festa verde e amarela.

O Brasil ainda está devendo?? Sim. Há muito o que se trabalhar.
Eles eram os favoritos?? Com certeza. Porém, favoritismo não é sinônimo de vitória. E esta final mostrou que além do respeito, no futebol, ninguém ganha de véspera. E sim, dentro de campo.
rafael | 2:48 PM |
21 junho 2007
Exterminador de brasileiros
Mais uma vez, o Boca Juniors confirmou a fama de ter sorte contra os brasileiros e conquistou o hexacampeonato da Copa Libertadores da América.

Com 102 anos de glórias, os azuis e amarelos estão a um título do Independiente, maior vencedor do torneio, com sete conquistas. Os alvirrubros de Avellaneda venceram em 1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984.

O último título foi justamente contra o Grêmio, último adversário do Boca, que por sua vez, conquistou a Libertadores, em 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007.

Conquistas a parte, a hegemonia boquense em relação aos brasileiros começou em 2000, ano em que marcou a volta do clube xeneize a maior competição das Américas. A partir daí, passou a ser temido por todos, não só na Libertadores, como também na Copa Sul- Americana, e em outras competições do Continente.

Em 2000, tirou o título do Palmeiras. Após o empate em 2 a 2 na Bombonera, os argentinos seguraram o 0 a 0 no Morumbi e levaram o título nos pênaltis.

No ano seguinte, tirou o Vasco, das Quartas- de-Final. Venceu por 1 a 0 em São Januário, e fez 3 a 0 em casa. Nas semifinais, eliminou novamente o Palmeiras. Com dois empates em 2 a 2, os pênaltis foram decisivos para mais um título.

Em 2003, tirou o Paysandu das oitavas. Perdeu de 1 a 0 em casa, e quando parecia que perderia a vaga, venceu por 4 a 2 no Mangueirão, trilhando mais um caminho rumo a final, diante do Santos. Venceu por 2 a 0 na Bombonera, e no jogo de volta fez 4 a 1, garantindo o título.

Em 2004 , tirou o Inter da final da Copa Sul-Americana. No ano seguinte, eliminou os colorados das quartas- de- final da mesma competição. Em 2006, venceu o São Paulo e conquistou a Recopa.

Voltando a Libertadores, mais um brasileiro no caminho boquense: o Grêmio. Diante do Imortal Tricolor, o Boca Juniors confirmou a fama de exterminador de brasileiros vencendo por 3 a 0 em casa, com gols de Palácio, Riquelme e Palermo.

Na partida de volta, o Estádio Olímpico cheio, como há tempos não se via. O Grêmio querendo reverter a vantagem a qualquer custo. Mas a catimba boquense falou mais alto.

Com dois gols de Riquelme, o Boca levou mais um título para Buenos Aires. Palermo ainda perdeu um pênalti, que por sinal, não adiantou muito. Mas o Grêmio também merece os cumprimentos pelo espírito de luta e pelo grande trabalho realizado há quase dois anos.
rafael | 12:07 PM |
08 junho 2007
Mais uma tríplice
Após um começo desastroso, o Internacional conquista a Recopa Sul-Americana, ao vencer o Pachuca por 4 a 0.

Em um ano que parecia ser bem sucedido, começou de maneira pouco habitual. Nas primeiras semanas, os colorados pouparam seus principais jogadores, visando o bi da Copa Libertadores.
Mas a primeira impressão é a que fica. Depois de perder uma vaga para as semifinais do Gauchão,aos 48 minutos do segundo tempo, as esperanças começaram a cair por terra.

Com um desempenho fraco no Estadual, só restava a Copa Libertadores. Mas os resultados também não ajudaram. Na última rodada, precisava golear o Nacional, de Montevidéu para passar a segunda fase, sem depender de outros resultados. Venceu por 1 a 0, e mesmo assim foi eliminado, o que custou a saída do então técnico Abel Braga.

Saiu Abel Braga, entrou Alexandre Gallo, campeão pernambucano com o Sport. Mas as coisas parecem continuar as mesmas, sem contar a falta de reforços, a dispensa de jogadores, que por sua vez, irritaram os colorados.

Crise à vista, o Inter perde nas 3 primeiras rodadas do Brasileiro: 3 a 1 para o Botafogo, em casa, 2 a 1 para o Atlético-PR, e 3 a 0 para o Fluminense, fora de casa. Hora de se preparar para as finais da Recopa, contra o Pachuca, atual campeão da Copa Sul-Americana. Na primeira partida, derrota no México por 2 a 1.

Dias depois, o Inter se reabilita no Brasileiro e vence o Náutico por 2 a 0, cujo resultado os motivou para um dos jogos mais importantes da história do Gigante do Beira-Rio.

Era tudo ou nada. Mesmo sem o capitão Fernandão, a vontade de se redimir, falou mais alto.
Com gols de Iarley( cobrando pênalti), Pinga, Alexandre Pato e Mosquera(contra), o Inter jogou como nunca para levantar a Recopa Sul-Americana, se tornando o quarto clube brasileiro a conquistar a competição. Os outros foram São Paulo(1993), Grêmio(1996) e Cruzeiro(1999).

E por falar em Cruzeiro, como dizem os colorados, o Internacional levantou mais uma Tríplice Coroa(para mostrar que não é só o Cruzeiro que tem. Há controvérsias, mas até o Paysandu tem a sua, assim como o Grêmio, em 1996, bicampeão Gaúcho, Bicampeão Brasileiro e campeão da Recopa, o Palmeiras, em 1993, enfim).

Noves fora, o próximo desafio colorado é encontrar um ponto de equilíbrio, para recuperar o tempo perdido e sonhar com mais conquistas como estas.
rafael | 11:24 PM |
20 maio 2007
Finalmente saiu o gol 1000
Domingo, 20 de Maio de 2007. Uma data para entrar para a história.

Após dois meses de angústia, saiu o milésimo gol do maior artilheiro do futebol brasileiro na atualidade. Por mais que a conta não esteja certa, é um momento a ser celebrado.

Esté é Romário. O segundo jogador a atingir a marca dos 1000 gols.

Apesar de polêmico, é um gênio dentro da área, que faz gols como ninguém.

Dois meses depois dos insucessos no Maracanã, quis o destino que o gol histórico fosse em São Januário. E contra outro rubro-negro, o Sport, bicampeão estadual, de volta a elite após 6 anos.

No primeiro tempo, o atacante André Dias fez os 2 gols do Gigante da Colina. Aos dois minutos do segundo tempo, o improvável aconteceu: Pênalti para o Vasco. Hora do momento mais esperado. Romário chuta, deslocando o goleiro Magrão para fazer o terceiro gol do jogo e o milésimo de toda sua carreira.

Depois de toda a festa para o Baixinho, o Sport fez o gol de honra , com Luciano Henrique. O Vasco venceu por 3 a 1 , para alegria de seus torcedores e de um dos maiores artilheiros de todos os tempos.

Em toda a carreira, Romário marcou 324 gols pelo Vasco, 204 pelo Flamengo, 165 pelo PSV Eindhoven( Holanda), 71 pela Seleção Brasileira, 53 pelo Barcelona(Espanha), 48 pelo Fluminense, 22 pelo Miami F.C(EUA), 14 gols pelo Valencia(Espanha) e 1 gol pelo Adelaide(Austrália). O craque ainda contabiliza 77 gols pelas categorias de base e 21 gols em jogos festivos.

Será que desta vez o Baixinho pendura as chuteiras? Só o tempo dirá.

Parabéns ao Romário pela marca histórica e um abraço a todos.
rafael | 9:15 PM |
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